Meu colibri, uma pedaço da natureza na minha casa!

Meu colibri, uma pedaço da natureza na minha casa!
A liberdade que tanto buscamos está perto de nós, na natureza!

Gruta de Palhares MG Março 2010

Gruta de Palhares MG Março 2010
Gruta de Palhares, local onde Eurípedes Barsanulfo fazia suas orações.. Pura emoção!.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

PALESTRA PERDAS DE ENTES QUERIDOS




PALESTRA PERDAS DE ENTES QUERIDOS

Boa noite meus irmãos, que a paz de Jesus esteja conosco nesse momento abençoado, onde falaremos do amor de Deus sobre nossas vidas, das provações por que passamos em nossa jornada terrena, da bendita oportunidade de evolução a que estamos vivenciando, do amor incondicional de Deus atuando em nossos sofrimentos e nos preparando para uma vida plena no Mundo Maior. Nossos resgates, sofrimentos, nossas provações, se tornarão fardos mais leves se nos encorajarmos a enfrentá-los com fé, entendimento e resignação.

Por que morremos?

A lição maior que devemos aprender é de que ninguém morre. Estamos temporariamente numa terra de provas e expiações, onde cumpridas nossas tarefas, voltaremos a Pátria Espiritual, prontos a recomeçar novamente, sempre de acordo com a vontade de Nosso Pai de amor e de misericórdia, que observa nossas dificuldades, nos indica o caminho a seguir para superá-las, permite que reflitamos e as corrijamos para nosso próprio adiantamento Espiritual. Não permitamos que nossa cegueira momentânea ensombre nossos corações e nos separem daqueles a quem tanto amamos na terra e no mundo Espiritual, para onde retornaremos quando Nosso Pai de amor assim o decidir.

Quando chegarmos ao plano espiritual, entramos lá sozinhos?

“Na casa de meu Pai existem muitas moradas”, eis a palavra de Jesus, nos mostrando que a fé e a certeza da vida eterna removem montanhas de obstáculos temporários a nossa minúscula visão da vida. Mundos maravilhosos se descortinarão aos nossos olhos e, chegada nossa hora, nossos amados entes estarão de braços abertos a nos esperar e prontos a nos abraçar nessa imensidão de amor que foge hoje aos nossos olhares terrenos. 

Por que, mesmo conhecendo a vida após a morte, muitos ainda se apegam tanto aos entes amados, não aceitando o desencarne? 

Porque se detêm na teoria, modificam o conhecimento e não vivem o conhecimento. Aos espíritas, cabe o desafio de modificar essa situação aprendendo a viver como espíritos, e, como tal, sentindo a morte no seu verdadeiro aspecto.
Cada um de nós conhece a sua dor, mas a maioria sofre por tempo demais, pois desconhece o amor de um Pai que jamais nos abandona. Vamos estudar, instruir-nos, aprimorar nossos conhecimentos espirituais, fazer humildemente a caridade, dar-nos sem esperar receber, aguardarmos no tempo que não é nosso, mas de Deus.
Assim, todas as lágrimas secarão, as dores se transformarão e nossos corações transbordarão de uma paz maravilhosa, que só é possível quando conhecemos a palavra Divina; quando as aplicamos em nossa vida diária e compreendemos a razão de tudo que nos ocorre... 

O apego excessivo aos entes queridos pode prejudicar o processo de desligamento do espírito do corpo físico? 

Sem dúvida nenhuma! Os espíritos até nos exemplificam com casos na literatura espírita em que há necessidade de se afastar o pai ou a mãe, por exemplo, para que o filho agonizante consiga desencarnar. É aquela famosa "melhora da saúde", quando o doente melhora e os entes queridos se afastam para tomarem um cafezinho, um banho e o doente desencarna.

Como as pessoas podem vencer o sentimento de perda quando do desencarne de uma pessoa muito querida? 

Em primeiro lugar, considerar que nunca existe perda. A morte do corpo físico jamais separa os que se amam. É preciso que entendamos que não somos daqui. Os que morrem no corpo físico apenas nos antecedem no mundo espiritual para onde todos iremos. O que precisa acontecer é que este conhecimento saia da teoria para a prática. É preciso que nos conscientizemos de que somos espíritos. E não corpos físicos. Com essa certeza, iremos, gradativamente, vencendo a nossa ignorância sobre as leis de Deus.

Como devemos nos comportar diante dessas dores?

Vamos nos elevar todos os dias para continuarmos nossa grande jornada, rumo ao aprimoramento Espiritual, afim de que mereçamos estar novamente ao lado deles. A obra é grande, mas o amor é imenso. Deus quis que assim fosse e aceitarmos é o que melhor podemos fazer; alivia-nos, tranquiliza nossos entes queridos, que sofrem quando sofremos, se angustiam quando nos vêem chorar e necessitam de nosso entendimento para que sigam em frente, no desprendimento necessário a sua evolução.
Avancemos, superando obstáculos e amando sempre. Deus, em sua infinita misericórdia, nos orienta, nos ama e nos mostra sempre como trabalharmos no caminho do bem e da compaixão. Nossos amigos Espirituais, nossos anjos guardiães, ajudantes de Deus estarão sempre por perto, a abençoar-nos.
Sigamos irmãos, os passos Daquele que nos deu a vida eterna. Permitamos que nossas imperfeições sejam lapidadas no tempo necessário. Então, nossos sofrimentos se transformarão em um final feliz junto daqueles que tanto amamos e que nos amam da mesma maneira. Nada existe entre nós senão um véu material que nos oculta a visão, pois eles estão aqui bem perto, a ouvir-nos, sentir-nos e amar-nos, tal como antigamente, melhor ainda que antigamente. 

O apego aos pertences do ente querido, que acaba de desencarnar, também pode interferir no processo de desligamento do espírito do corpo físico? 

Sim. Vou lhes contar uma experiência pessoal: Através de um encontro com uma médium em desdobramento, meu filho vendo-me em aflição, pediu que retirasse as fotos do meu quarto, porque estava me fazendo sofrer e a ele também, pediu também que fossem doados alguns pertences ainda guardados em casa. Ver as fotos constantemente fortalecia em mim um grande sentimento de perda, causando-me sofrimento, depressão e lágrimas, sentimentos estes que ele procurava me afastar, pois nossos entes queridos continuam vivos, vendo-nos, ouvindo-nos e partilhando nossos sentimentos; depois de atendido esse pedido, experimentei sensível melhora. 

Quando oramos pelos que amamos e que estão nos planos espirituais, eles ouvem ou sentem a nossa prece? 

Quando somos espíritos desencarnados, não ouvimos com os ouvidos, ouvimos com toda a alma. Em outras palavras, isso significa que "sentimos" as mensagens que vêm do mundo Espiritual e eles sentem igualmente as que enviamos do mundo material, num intercâmbio sem fim.

A partir de quanto tempo após o desencarne podemos ter notícias, via mediunidade, de nossos entes queridos que partiram para o plano espiritual? 

Depende do nível do espírito. Herculano Pires, por exemplo, deu ele próprio a notícia de seu desencarne para sua família e seus amigos que estavam em uma reunião espírita, antes mesmo que os médicos da Terra conseguissem fazê-lo.

Meu filho também dava sinais de que sua saída da Terra estava próxima: 

Uma semana antes de sua partida, ele falou ao pai que quando olhasse para o céu e visse uma estrela brilhando, era ele a olhar por nós.
Pediu também que em seu “velório”, fosse colocada sua música preferida, a de Zaqueu.

Podemos encontrar com os nossos entes queridos e ter notícias sem ser por via da mediunidade? 

Podemos ter, pelos sonhos e, atualmente, via Transcomunicação, que ainda está em pleno processo de desenvolvimento. Acredito, entretanto, que a mediunidade está sempre envolvida.
O estado de aflição cria bloqueios naturais, que impedem a comunicação de uma forma mais clara, tanto através de uma comunicação mediúnica do Espírito encarnado, através dos sonhos por amigos espirituais ou por via indireta através de amigos Espirituais, normalmente parentes desencarnados ou amigos pretéritos.

Relato aqui algumas situações em que eu e outras pessoas sentimos a presença do meu filho:

* Certa vez eu estava sendo tratada por um grupo mediúnico, abriram sua faixa vibratória, onde ele me consolava dizendo que nunca me abandonou, nunca me abandonará.

* Numa noite de bastante tristeza, choro e saudades, ele procurou uma Médium amiga e lhe pediu para amenizar minha dor, sugeriu que eu voltasse a trabalhar, fosse para junto da natureza, não ficasse mais em casa chorando.

* Estava em tratamento espiritual numa casa espírita, onde ele antecipadamente me encaminhou para tal e vendo-me em sofrimento, apareceu no dia da reunião do grupo com o Mentor Espiritual da casa, numa psicofonia, enviando-me uma mensagem consoladora.

* Noutra ocasião, ele procurou a casa espírita onde eu frequentava, encaminhou-me para lá e através da médium dirigente da casa se manifestou, num relato emocionante de como se encontrava, suas angústias e a necessidade do desapego de ambos para que ele evoluísse no Mundo Espiritual.

Certa vez, durante uma sessão de desobsessão, ouvimos o depoimento de um espírito, que me impressionou muito: ele sentia a necessidade de deixar a casa, mas não conseguia porque os familiares que ali estavam, o chamavam constantemente, solicitando uma série de pedidos, que ele (o espírito), sabia não ter condições de atender, o que o deixava muito angustiado. Como encarar a responsabilidade do encarnado, diante do desencarnado?

A responsabilidade do encarnado para com o desencarnado é enorme! Muitas vezes, como nesse caso, o encarnado transforma-se em verdadeiro obsessor do desencarnado que se sente dominado pelas vibrações dos que ficaram. Isso prova que somos espíritos. Mesmo encarnados, podemos exercer influência sobre os desencarnados. Acredito que podemos ajudar muito nossos entes queridos desencarnados a adquirirem confiança na nova vida espiritual que se reinicia, orando por eles, continuando nosso papel de mães, que jamais se extingue, cuidando para que eles se tranqüilizem, se harmonizem e reaprendam a viver na nova dimensão em que se encontram. (palavras do meu filho a avó materna em outra sessão de psicografias).

Como poderemos ter a certeza que um ente querido que partiu, está realmente bem? 

Isso é difícil. Podemos fazer uma análise pela vida que ele levou. Se não tivermos nenhuma mensagem dele para que nos tranquilize, recordemo-nos de que todos somos filhos de Deus. Oremos por ele, e, mais importante: façamos caridade em homenagem a ele. E nos sentiremos bem.

Meu filho sabe que sou voluntária num lar de idosos e fica feliz cada vez que tem a oportunidade de me ver trabalhar, pois isso ajuda a elevá-lo espiritualmente e a mim também. 

O que se pode fazer por alguém que se suicidou?

Foco dobrado nas orações, trabalhe pelo bem e faça caridade em nome dele. Lembre-se do que ele gostava; se era de crianças; se era de idosos; se gostava de música, de plantas, o que for. E desenvolva um trabalho espiritual envolvendo esses temas. Mas, antes de tudo, creia que a bondade do Pai se faz sempre presente. Jesus nos avisou que jamais haveria uma só ovelha que se perdesse do seu rebanho, confie e a mensagem do amor envolverá o seu irmão onde ele estiver, revelando-lhe as inúmeras oportunidades que Deus sempre dá a todos os seus filhos.

Estas recomendações valem em qualquer situação de perdas de pessoas amadas? 

Em qualquer situação. A caridade é como uma onda de amor que nos envolve e aos desencarnados a quem amamos, consolando-nos, fortalecendo-nos e auxiliando-nos no progresso de que necessitamos, ela é recomendada as mães, para recuperação de seu equilíbrio emociona e para o desencarnado é esse equilíbrio que lhe faz bem.

O que dizer a uma pessoa que passa por esta situação? E quando a pessoa justifica que não conhecemos sua dor?

Em primeiro lugar, caridade para com essa resposta que revela rebeldia. Podemos dizer que estamos oferecendo o que temos de melhor, o que nos faz bem, o que nos consola, o que fala ao nosso coração e a nossa razão. Mas, cabe a ela utilizá-la ou não. É questão de livre arbítrio. Acima de tudo caridade e fraternidade para com ela nesse difícil momento.

Por que acontecem mortes prematuras? Porque das experiências curtas?

As mortes só são prematuras sob nosso ponto de vista material. Elas ocorrem sempre no tempo aprazado, exceto os suicídios, que mesmo assim tem a benevolência Divina, pois o que importa para Deus é a intenção, sempre. Vivemos o tempo que precisamos, dentro das nossas necessidades evolutivas e segundo a lei de causa e efeito. Muitas vezes nós como Espíritos encarnados necessitamos de tempo curto na Terra, apenas o necessário.

Como devemos continuar nossas vidas com a “perda”, ou melhor, com a separação de nossos entes queridos? 

Nessa jornada irmãos, não podemos esquecer de que existem necessitados a espera de nosso amor, perdão, entendimento e ajuda. Irmãos que foram colocados ao nosso lado e em nosso caminho terreno para que tivéssemos a bendita oportunidade de adiantamento moral, tão necessária para alcançarmos nosso objetivo maior, que é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. Só assim conseguiremos abrir nossos olhos e enxergar que nada somos e nada podemos, sem estender a mão a quem necessita de amparo. Mãos vacilantes que, unidas a nós, se tornam fortes e corajosas. 

Considerações finais

Nosso passado, em nossas múltiplas e necessárias reencarnações, remete-nos as vivências e provações de hoje. Se o conhecimento adquirido for utilizado com sabedoria, assim como um guia, conseguiremos a renovação saudável de nossas vidas, amando, respeitando, aceitando e vivendo com alegria, como nossos entes amados gostariam que vivêssemos. Dos mundos invisíveis, onde eles nos contemplam, recebem nossas mensagens de amor, nossas emanações vibratórias e juntos prosseguiremos nessa jornada chamada viver!
E, nessa infinidade de reencarnações, vamos, aos poucos, melhorando, plantando o trigo e retirando o joio, num vaivém de experiências renovadoras e cruciais para nossa derradeira partida, de volta ao nosso lar, onde estaremos em definitivo com nossos amores verdadeiros.

Relato aqui os recursos que utilizei para reencontrar o equilíbrio emocional tão necessário: 

A caridade desde o início me provou ser a maneira mais perfeita de manifestar o amor ao próximo, um amor que nos foi ensinado por Jesus e que se mostra perfeito quando o executamos para o bem de todas as criaturas, assim nossas dores amenizam através da doação do que temos de mais puro e sincero dentro de nós.

A fé raciocinada, porque temos nas palavras de Jesus e na codificação de Kardec, todas as explicações para a vida aqui e sua continuidade no Plano Espiritual.

Minha família terrena, que mesmo despedaçada como eu, soube pelos laços de amor, me amparar e dar suporte a essa dura fase de provações.

Tratamentos Espirituais onde no Espiritismo todas as respostas estão descortinadas, basta que abramos nossas mentes e corações para recebê-las.

Viajei numa Caravana para Uberaba, dois meses após a partida do meu filho, buscando uma mensagem consoladora e trazendo na bagagem duas cartas maravilhosas, constatando através dos médiuns e as palavras peculiares dele, seus momentos finais na terra e de como se encontrava no Mundo Espiritual, na certeza plena da vida após a morte.

Busquei nos estudos as explicações para esse assunto tão difícil, encontrei-as no Evangelho de Jesus e nos livros pertinentes ao assunto.

Retomei o trabalho a fim de ocupar meu tempo e não me permitir sofrer influências negativas.


Essa palestra foi amorosamente construída e dirigida a todas as pessoas, em especial as mães que tiveram que devolver seus entes queridos a Espiritualidade Superior. Que seus corações se elevem e o entendimento do amor de Deus se renove dentro de cada um! Continuemos a amá-los, oremos por eles, que seus Espíritos eternos se encham de brilho e amor, na certeza do reencontro feliz!


Eliane Dias Maciel, mãe de um "anjo", que agora habita o Céu.



Que a paz de Jesus esteja com todos nós!


Um comentário:

  1. Eliane, você não imagina o quanto me fez bem ler essa palestra, ontem fez sete meses que meu filho partiu para a sua verdadeira vida, a saudade é enorme, você conhece bem, mas a cada dia acredito mais firmemente no reencontro com ele.
    Obrigada por dividir conosco tantos depoimentos de fé e esperança.
    Seu filho é mesmo muto bonito, Deus te abençoe.
    Um beijo, Régia.
    nossaestrelanoceu@blogspot.com

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