A semeadura e a colheita
Porque de tudo que semeares,
colhereis os frutos doces ou amargos... Nas páginas da vida, o homem caminha
erguendo sobre seus passos, o manancial de trabalho regenerador ou o lodaçal de
equívocos traiçoeiros, dirigido pelo livre arbítrio que a necessidade da
colheita se faz...
Entre sucessivas vidas, recobertas
de esperanças e auxílio do alto, segue lavrando a terra, amadurecendo a
semente, regando os frutos e colhendo os bons ou maus resultados de sua
labuta...
Nas paragens das estradas,
caminhando entre desafetos e anjos de luz, torna a semear, aguardar e colher o
material de que necessita, para a viagem terrena seguir, repartindo o alimento
semeado, alterando o sabor da colheita, transformando trigo em pão, confortando
os viajores do caminho e reaprendendo a plantar...
E com o coração colorido, das flores
do caminho bem construído, a mente apaziguada da tarefa cumprida, na certeza da
renovação de si mesmo, para a vida que segue em outras paragens, o homem
descansa enfim, na estalagem do caminho, sendo recebido por aqueles que ao seu
lado caminharam, plantaram, repartiram e colheram...
E quando os dias se tornarem longas
madrugadas de dor, quando as estrelas estiverem ocultas nas nuvens traiçoeiras
e passageiras, quando as noites o atormentar nas dúvidas das viagens
sucessivas, lembre-se de que o dia sempre amanhece ensolarado, nos corações
daqueles que souberem semear e colher de seus próprios frutos...
Francisco, de Assis, de bondade, de
devotamento, de paz, de semeadura, de amor, esteve ao lado dos que semearam,
adubaram, cuidaram, colheram os frutos e espalharam por todas as criaturas, sem
jamais descuidar de sua plantação pessoal, sem olvidar dos animais que o
cercaram de forças regeneradoras e o apoiaram na missão que segue, entre
sementes, adubos e frutos...
E nos ensinamentos do mestre da
Galiléia, que o homem compreenda sua destinação de luz e amor, após a longa
semeadura, nos diversos orbes dos mundos e que permaneça atento aos passos da
auto cura, preparando a terra, germinando a semente, recolhendo os frutos da
caminhada feliz e os dividindo na escola da vida, necessária para que todos
vivam, renasçam e tornem a viver, entre a semeadura e a colheita!
Florianópolis, 21/11/13 – Evangelho
no lar.