Nena filha do meu coração, estou aqui, viva, muito viva, obtive com a
graça de Deus a permissão de trazer-lhe essas suaves palavras, para alegrar um
pouco seu coração.
O Plínio está aqui, não sei se conseguirá ilustrar o que
sente, tentarei por mim mesma traduzir.
Que saudades minha filha, sempre tão carinhosa conosco, um primor de
filha, um primor de mãe.
Nena, minha neta está emocionada e da minha parte sinto
dificuldade em lhe traduzir meu amor e saudades.
Parti cedo, mas sempre na hora exata, que Deus tanto sabe, tudo isso
já superado, o tempo aqui corre diferente, temos tantos afazeres que quando
percebemos a noite cai e deixamos para o dia seguinte retornar a ativa,
ajudando a quem precisa e são tantos filha, todos os dias.
Como você deve saber, não tive muitas dificuldades de adaptação aqui,
a minha nova realidade chegou na hora determinada e inteira me abri ao novo e
ao belo. O mundo espiritual é radiante, tudo gira em torno das nossas “crenças”
e conceitos, então vibramos na energia que nos é comum.
Me ocupo com crianças, cuido de uma creche cheinha de pequenos
necessitados e me encontro feliz, fazendo o que gosto e sei.
Filha, nos encontramos com regularidade, nos abraçamos, mas de acordo
com as leis Divinas, não te é permitido recordar, apenas retornar com o doce
conforto desse encontro.
Sabe aquele dia da psicografia do meu bisneto
Reginaldo? Eu estava lá, o ajudando e apoiando, ele tinha compromissos na
colônia onde vive, mas foi bom ajudar e te reencontrar foi o melhor para mim.
Nena, sei que gosta de ser chamada assim, acredite que estou sempre
ao seu lado, pena não podermos conversar em vigília, quem sabe um dia Deus nos
permitirá essa graça? Não te sintas desamparada, sem saída ou sem esperanças,
confie em Deus, em Jesus e se sentirá segura em seus braços de amor.
Dalvinha, preciso dar lugar para o Plínio dizer algumas palavras, me
despeço, agradecendo ao Pai tantas alegrias. Com amor, devoção e saudades.
Dalva Peres Semeghini
Dalva, não sei por onde começar, as lágrimas me correm a face, que
saudades minha filha, nunca, em nenhum momento de minha jornada Terrena,
poderia imaginar tal possibilidade.
Sinto uma mistura de incredulidade, ternura
e magia, disse mil vezes a Dalva, isso não é possível, mas aconteceu e me sinto
quase pronto.
A vida aqui é tão notável filha, temos quase tudo que na Terra, com
uma grande diferença, não sofremos mais, não nos desesperamos mais,
reaprendemos os valores perdidos e nos tornamos melhores, não é a morte filha
que faz isso, é a vida, bela e complexa, que se abre a nossa frente e nos
permite vibrar em faixas mais elevadas.
O trabalho honrado ajuda muito, mas o amor prevalece, sempre.
Não
tenho a capacidade integral de vivenciar o que a Dalva vive, mas me preparo
para isso. No fundo sempre acreditei num Deus, mas em nada comparado ao que Ele
realmente é: Poderoso, justo, fraterno, vigoroso e bom, soberanamente bom, e
sem fé não conseguimos avançar, acredite nisso.
Filha, não estamos aqui para te buscar, estamos aqui movidos pelas
saudades e amor paternal. Só a Deus cabe a certeza da hora de todos.
Continue
se esforçando filha, tudo será contado quando retornar, mas especialmente sua
coragem de vencer, sem medo. Cuide de sua saúde filha, ela é um bem precioso,
tesouro que recebeu ao chegar e que terá que devolver quando partir, não se
descuide dela.
Vamos nos despedindo agora, com as mãos unidas em torno dessa mão que
escreve, nossa neta tão querida, com os olhos marejados de emoção partimos,
lembrando a você filha, que estamos e
estaremos sempre juntos, em qualquer dimensão.
Amamos você filha. Fique em paz.
Um abração especial ao Plínio e Nelson e a todos os netos nosso amor.
Plínio Semeghini
Mensagem recebida mediunicamente dia 29/06/12 – Casa Celso durante
estudos das obras de André Luiz. Floripa, 29/06/12. Só tenho novamente a agradecer a Deus e a Jesus essa benção, que foi receber meus avós maternos, desencarnados a muitos anos, feliz fiquei e eles também, obrigada aos dois pela doce presença! Voltem quando puderem!